quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

38 semanas - olhar de espera


A dor de abridor-de-garrafas está presente a todo momento, mesmo deitada. Tarefas simples como enxugar meus pés tornaram-se um exercício. Encolher as pernas para colocar calças e calcinhas também é difícil, preciso sentar-me. Na cama, melhor do lado esquerdo. Tento o direito de tempo em tempo. 38 semanas.


Ontem fiz o exame de cardiotocografia. Consiste em duas faixas elásticas com sensores que ficam 20 minutos sobre a barriga. Um mede as contrações uterinas e outro os batimentos cardíacos do bebê. Tudo vai bem.

Minha pesquisa de estreptococais deu positiva. Me parece que isso é muito comum e significa que tomarei um antibiótico durante o trabalho de parto. Dizem que primigestas ficam mais ou menos 12 horas em trabalho de parto. Acho que é tempo suficiente para chacinar todos os bichinhos!

Conversei longamente com minha mãe. Me contou em detalhes seu primeiro trabalho de parto (aliás, barrigas, trabalhos de parto e recém-nascidos têm sido meus assuntos favoritos). Me contou que minha avó, mãe de meu pai, teve 4 de seus 5 filhos em casa, entre duas cadeiras.

Ando com o olhar pacífico. Olhar de espera. Tenho alternado meus dias em sair um pouco, caminhar um pouco, cochilar um pouco, repousar um pouco. Me sinto tranqüila. Estou acabando de arrumar armários, organizar objetos e desfazer-me do que não necessito. Incrível como junto papéis, cacarecos e inutilidades.

Preparei e congelei algumas comidas. E a poltrona reformada, enfim chegou.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vagina e a pesquisa de estreptococais

Tudo ao mesmo tempo, agora. Quase tudo pronto. Será que esta MÃE está pronta?
Chegou o berço, a cômoda, o guarda roupa, a mesinha. Compramos um tapete. Esperamos a poltrona reformada. Abajour e todo o resto no lugar. Laranja, amarelo e verde. E branco.
Agora vemos o obstetra toda semana. Dr. Alfredo fez o primeiro exame de toque. Eduardo se surpreendeu com a coisa toda (bom ele saber que com a próstata não é muito distinto). Colo do útero fechado, bacia boa, ela encaixada até o meio do narizinho, dorso à direita (de novo esse dorso aí... quando irá definitivamente para a esquerda?).
Penso racionalmente: parto normal é normal. A humanidade nasceu assim. E então acordo de madrugada com algumas coliquinhas e me dá medo. Medo de tudo. Acho que o medo também é normal.
Quando olho para baixo sem roupa vejo uma grande bola, parece maior quando me sento. O novo barato da Maria Eduarda é ter soluços e apertar minhas costelinhas do lado direito. Sinto que minha barriga desceu um tantinho, 36 semanas. Na quinta passada eram 2470 g. Ela tem boquinha gorda.
Semana passada fui colher o material para a “pesquisa de estreptococais”. O nome é chique... já o exame... Primeiro: nada de banho. Com algum constrangimento, tentando falar de qualquer assunto e com vontade de desaparecer, deitamos numa minúscula mesinha e abrimos a perna. Passa-se um grande cotonete na vagina, duas vezes. Depois com delicadeza a enfermeira diz: “vire de ladinho”. E lá vai o tal cotonete no ânus. É rápido e horrendo.
Aliás, a discussão com minhas amigas mães e amigos pais e com o Eduardo é sobre que nomes ensinaremos para a Maria Eduarda, quanto aos orgãos sexuais. Meninos a princípio é fácil: pipi. Meigo até. Em casa era pinto e xoxo. Acho esse “xoxo” bem feinho... Mas que ensinar para a menina? Xoxota? Já os pobres dos animaizinhos, que será quando formos ao zoológico: Pombinha, periquita, perereca... HORROR HORROR. Eduardo propôs Coño.... desatamos a rir. Vai ser vagina mesmo. Aliás, é o nome dela.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No princípio era o caos


"No principio era o caos, então foi feita a luz e a luz era boa..."
O quarto da Maria Eduarda está assim: tudo absolutamente caótico e fora de lugar, porém com uma luminária adorável, recém instalada, com lua e estrelas jateadas, com dimer para dosar essa boa luz.
Para não dizer que nada está pronto, a malinha dela está. Minúsculas roupinhas de boneca lavadas e passadas cuidadosamente uma a uma (delícia delícia). Estou oficialmente no oitavo mês e confesso que depois desses sete meses de convivência consciente, me encantei (enfim!!) pelo cor de rosa e pelo lilás. Quando fui comprar as roupinhas arrisquei um bodie azul e um verde, na verdade da sessão masculina... mas declaro que ao lavá-los agora, não achei muito entusiasmante.
A chuva destes últimos dias atrasou a pintura do guarda roupa. O berço chega amanhã e nada de armário. Tudo está espalhado por todos os cantos... Espero que até sexta o caos se amenize. Aguardemos a cena do próximo capítulo.
A pancinha virou pança. Mais uma estria no quadril, duas no púbis, umas dez na barriga. Todo cuidado parece pouco. Haja cremes e óleo, mas a pele parece sempre seca.
Dormir está mesmo difícil. Agora dei para acordar diariamente por volta das 2. Um dia passei roupa, noutros arrumei umas coisas, trabalhei, li... Geralmente até as 5, com lanchinho aí no meio, obvio. Depois um cochilo e vou trabalhar. Bom que em mais uma semana estou em férias e poderei descansar quando bem entender.
Nesta quinta temos obstetra e estou curiosa para saber como ela está. Já eu, ando cansada, meio sem ar, com azia, com sono mortal algumas tardes, com aquela dor-de-abridor-de-garrafas vocês sabem onde, um pouco de cólica, algumas contrações. Tornozelo mais inchado nesses dias de calor.
Eduardo me disse que agora quem parece um rinoceronte-canguru sou eu, cada vez que empreendo a manobra de me virar na cama. Tudo bem que não ando muito jeitosa, mas ele (que já não pula na cama) ainda tem suas artimanhas para “ver se respiro”: chacoalha o lençol... ele não sabe que muitas vezes estou acordada. Respiro ruidosamente fundo e ele dorme em paz.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Diálogo

Eu lavando as roupinhas da Maria Eduarda e pensando. Eduardo entra:
"Du, será que o marido da Maria Eduarda já nasceu?"
"Espero que não tenha nascido há 30 anos..."

sábado, 21 de novembro de 2009

Paz de espírito (isso é pleonasmo?)


Faz uma hora que acordei me afogando de calor. Estou na sacada tomando a fresca. Na rede. Acordada no meio da noite mas com sensação de paz e alegria imensas. Esse ventinho que não chega a ser gelado e esse quase silêncio me trazem lembranças de praia, de férias já vividas, de descompromisso, de um bom livro, de palavras cruzadas e de um sovete de palito.
Maria Eduarda no mesmo ritmo, fazendo ondinhas suaves na minha barriga, de tempo em tempo. Uma marolinha.
Semana passada fomos vê-la chupando o dedão. Apresentação cefálica, dorso à esquerda, 1860 g, 32 semanas... Mãe com uma super pança. Em geral sentindo-me pesada e lenta, ainda que hoje tenha acordado cheia de energia e quase não me sentindo grávida e grande. A sensação nova é uma dorzinha no osso do púbis (juro que algumas vezes me vem a imagem de um abridor de garrafas se encaixando de frente e puxando-o para cima, como uma coca cola). Uma dor ardidinha. Ah, tenho um pouco de colostro.
Todo mundo me pergunta se já está tudo pronto. Não está. Mas nestes próximos quinze dias tudo estará, segundo o planejado. Marceneiro pintando uns móveis, berço a ser entregue, um quadro por finalizar, a reforma de uma poltrona.
Tenho lido umas dicas de organização doméstica para facilitar minha vida e criar alguns hábitos antes da maternidade. Desde que fiquei grávida já melhorei muita coisa (até então não fui exemplo de praticidade e vivia adiando algumas resoluções)... ainda bem que todo o processo de fabricação da criança (e de fabricação de um pai e de uma mãe) dura 9 preciosos meses.

sábado, 7 de novembro de 2009

Os custos da pancinha



Esperei meses para ostentar esta pancinha. Uma delícia alisá-la. Sete meses hoje. Me olho de frente e me gosto. Me olho de perfil e me gosto também.
Mas, como tudo, a pancinha tem seu preço.
Acho que os maiores custos são as horas de sono, o volume de comida e ar que consigo administrar e o xixi.
Lembro que quando eu era criança meu pai comprou uma TV e o que me chamou atenção foi o tanto de isopor que veio calçando aquele trambolho dentro da caixa. Igual a mim, na cama. Estando eu de lado, tenho um travesseiro ou dois na cabeça (passei anos sem usar travesseiro), um no meio das pernas, um no meio dos braços... às vezes um nas costas, para dar um apoio. Às vezes quero virar pro outro lado, faço a mudança dos travesseiros. Quando me ponho de barriga pra cima (agora coloco mais alguns na cabeça pra ficar meio levantada), acordo depois de um tempo com uma dorzinha no sacro. Volto pro lado.
Se os travesseiros são demais, o ar é de menos. Li que tenho sim ar suficiente, mas a sensação é que não tenho. Às vezes dou umas respiradas bem fundas pra ver se entra mais um pouquinho. Já a comida parece muita, depois de comida. Almoço e passo horas parecendo que acabei de almoçar.
Por último o xixi.
Tem coisas que ninguém conta: temos escapes de xixi. Fiz um levantamento com ex-grávidas, começando, claro, com minha mãe. Quase uma unanimidade: tosses e espirros jogam gotinhas de xixi involuntariamente para fora de nós. A volta dos absorventes, ainda dos mais finos.
Mas também há saldos a favor: recebo afagos e elogios, tenho a preocupação e interesse de todos a minha volta e desejos de bom parto. Outro dia no levador da escola, uma desconhecida me desejou boa hora. Achei tão afetuosa as palavras. Ganhei o dia.
Estou com menos cintura, com duas novas pequenas estrias para a minha antiga coleção do quadril, com mais cansaço, com algumas contrações doloridas. Dia 10 tenho obstetra, vamos saber como anda meu saquinho de açúcar.
E para constar, minha percepção de mundo mudou: sensações térmicas, cores, sabores... Sempre gostei de cores frias, verdes e azuis. Ando apaixonada por amarelos, laranjas e vermelhos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O pai da Maria Eduarda

Descobri que minha vida doméstica é (salvo exceções) um monólogo. Eu falo e Eduardo escuta. Estou com laringite aguda, com a recomendação de tomar muita água, nada de gelados e repouso vocal absoluto. Descobri que, dentro desse panorama, minha casa é um silêncio. Monótona até... Sorte que passei esses últimos dias absolutamente absorvida em ler e escrever. Também me pus a refletir se não falo demais pra preencher o espaço... todo o espaço (e olha que de fato acredito que ando mais introspectiva... como seria antes?)
Outro dia (quando ainda tinha voz) deixei a sala e fui para o quarto da Maria Eduarda, ler. Não avisei ao Du meu paradeiro, já que em linha reta eu estava a menos de 7 metros. Minutos depois, parado na porta, estava ele.
“Que você está fazendo?”
“Estou lendo”.
“Mas por que aí? ... digo... pode ser aí... Mas é que se você estivesse na sala...” Ele ficou quieto uns instantes... “eu não ia falar com você mesmo, mas você estaria lá”.
Começamos a rir. Ele de si mesmo.
Para quem não sabe (acho que todos sabem) conheci o Du pela internet, quando ainda nem era popular usar câmeras e microfones. Foi a sorte. Imaginem que porre seria eu falar e ele escutar uma noite inteira num barzinho...
O bom é que há dias em que ele está inspirado e fala pelas tampas, sobre os mais variados e interessantes assunto. Ótima companhia.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um saquinho de açúcar

Nos últimos dois dias comecei a sentir uma sensação “lá” (leia-se vagina). Não posso qualificar de dor. Não dói. É mais como se alguns ossinhos estivessem meio pressionados e empurrados pro lado direito e esquerdo. Minhas amigas nunca grávidas podem estar tentando imaginar... Aos amigos, a abstração.
São 4 da manhã, estou acordada talvez desde as 2. Esta noite perdi a posição na cama... depois minha barriga estava meio dura e senti umas dorzinhas. O problema de nunca ter sentido certas coisas é nunca ter certeza do que se sente... Fiquei pensando se não seria uma dor de barriga ordinária que terminaria no banheiro. Não. A dor passou, a barriga tá molinha, o sono desapareceu, a fome apareceu e estou aqui, degustando um mamão.
Tenho percebido meus esquecimentos. Juro que achava que isso tudo que dizem de mulher grávida ficar mais lerda de raciocínio ou de esquecer coisas era lorota. (Acreditava ser calúnia machista, obvio) Tenho tido amnésias, principalmente sobre assuntos tratados ao telefone e “mais principalmente” se eu estiver com sono. Acho que grávidas tem alguma alteração de consciência...
Meu estado de espírito anda oscilante, ainda (até quando??). Horas excelentes versus crises existenciais, tudo num mesmo dia. Estou, em geral, mais introspectiva. Ah, fiz 30 anos.
Bom, a esta hora Maria Eduarda deve pesar mais que um saquinho de açúcar. Na semana passada eram 991 gramas e 32 centímetros. No último ultra som ela estava com a cabeça pra baixo, com a coluna do lado direito da minha barriga, bundinha pra cima e pés na cabeça. De fazer inveja a qualquer guru indiano!
Minhas leituras e meu tio me recomendaram dormir com o lado esquerdo do corpo na cama. Todos os dias me posiciono assim na maior boa vontade. Quase sempre acordo do lado direito. Volto para a posição número um e recomeço tudo. Já tentei os dois lados da cama, pra ver se tinha influência... Acho que vou destrocar uma vez mais... quem sabe.
Também ando meio calorosa. Mesmo nas noites mais fresquinhas jogo cobertas e lençóis pro lado e fico ao “relento” e sem frio nenhum.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Hot wheels e mil caras conhecidas

Há um e-mail que vive circulando por aí (já o recebi duas vezes) chamado “sem etiqueta, sem preço”. A mensagem refere-se a um músico, Joshua Bell (um dos melhores do mundo) que passou 40 minutos tocando no metrô de Nova Iorque com seu superviolino de 3,5 milhões de dólares. E então? Mais de mil pessoas passaram por ele sem nem espichar o rabo do olho.
Bem, isso me veio à cabeça porque hoje conheci o Ítalo, porque tenho um sobrinho que tem quase 5 anos e porque Maria Eduarda está por chegar.
Fui comprar o enxoval da minha filha e me senti meio oprimida em alguns ítens. Tudo muito cheio de caras conhecidas... Pooh, Minie, Mikey, Moranguinho... Tentei fugir deles. Ainda posso escolher.
Desde que meu sobrinho nasceu, não acerto na maioria dos presentes. De fato nunca fui familiarizada com o universo infantil, estou começando meus primeiros passos nessa direção. Quando eu morava na Espanha, mandei uma caixa-livro-objetos, para compor histórias. Uma coisa para brincar pais e filhos, mas acho que errei na idade, era para uma criança com a idade que ele tem hoje. Depois (ou antes, não sei) teve uma barraca dessas que parecem uma casinha, mas ocupa muito espaço e acho que não é bom para espaços pequenos... O último que dei, achei super poético. Comprei baldinho, pazinhas, terra, vaso e sementes. O plano era plantarmos juntos, curtir e ele acompanhar entusiasmado o crescimento da plantinha. Pus tudo numa caixa e lá fui eu, para uma tarde ecológica. Pacote na mão, ele abriu, escrutou e perguntou “cadê a surpresa”? (tinham prometido uma surpresa que eu levaria a ele, acho que geraram muita espectativa... tal palavra sugere que devemos surpreender). Bom, tentei manter o ânimo, fazer de conta que era super legal plantar as sementinhas e passamos juntos dez minutos desentusiasmados. Fiquei pensando que até então comprei o que era legal para mim, não para ele (em geral na minha infância não ganhei presentes de “fazer coisas juntos” e achei que seria bacana). Essa situação precisava de ajustes...
Fui hoje para o corredor de brinquedos encontrar algo super legal para o dia das crianças e aniversário do meu sobrinho. Dentro do que pretendia investir, achei interessantíssimo um caminhão de bombeiros que atira água e também uma picape que puxa um jetski. Ambos indicados para a faixa etária buscada. Achei bonito. Mas ainda a dúvida, não queria errar de novo e dar presente para mim... Vi então um garoto de olhos arregalados de vontades, sozinho enquanto os pais deviam estar em outro corredor:
“Ei, você pode me ajudar?”
“Posso”
“Se você tivesse 5 anos, gostaria mais deste caminhão ou dessa caminhonete com jetski?”
“Quando eu tinha 5 era melhor esse que joga água”.
“Quantos anos você tem?”
“Dez”.
“Então este é mais legal?” Perguntei já abraçando a caixa de uns 50 centímetros.
“Olha, legal, LEGAL MESMO, é Hot Wheels.”
Cara minha de exclamação.. senti a sombra de tia chata sobre mim...
“Vem aqui ver” (ele estava entusiasmadíssimo). “Esses aqui, ó”.
Uma coleção com 5 carrinhos minúsculos, mesmo preço do meu super caminhão de bombeiros de 50 centímetros que joga água.
“Isto é legal?”
“É o melhor, ainda mais se tiver o carro tubarão”.
Ítalo foi me mostrando as diferenças de modelo, o carro tigre (um pouco menos legal que o tubarão), um outro modelo estrambólico que é o carro mais chato de todos.... Até que, buscando, achamos a coleção com o carro tubarão, chefe de todos e super legal.
Agradeci a lição e ele continuou ali, babando numa pistinha de automóveis da Hot Wheels.
Lembro que na minha infância tive uma borracha da Pato Donald. A-ma-vaaa. Também uma boneca “cafezinho” da coleção Moranguinho (tenho até hoje, gosto do cheiro e ganhei da minha prima).
Na adolescência fiz (venci pelo cansaço) meu pai me comprar um jeans M. Officer, última moda e o olho da cara. Nem usei muito... eu era gordinha e jeans da moda só existe pra corpinhos na moda. Comprei justo.
Depois disso fiquei pensando no encanto “adulto” por aquela marca cujo símbolo parece uma letrinha C esticada embaixo, naquela outra que mostra um cavalinho preto num fundo amarelo, ou naquela com um jacaré de boca aberta... Pra pensar...
PS. Para quem quiser ler a notícia do Joshua Bell e a iniciativa do jornal Washington Post no metrô, acesse: http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=160685&visual=3&layout=10

Laçarotes rosados - De 01 de outubro

Já quase me esqueci de como é menstruar e sinceramente não estou sentindo falta de absorventes aquecendo minhas “partes”... nem das dores de cabeça da TPM, nem das cólicas nas horas de trabalho.
Pelo calendário da menstruação, contando mês a mês desde a última, entro no sexto mês de gestação no próximo dia 07. Estou hoje com 25 semanas.
As coceiras continuam e estou com uma barriga grande, sendo besuntada em cremes religiosamente duas vezes por dia. Tenho sentido alguma falta de ar e estar deitada não é propriamente confortável. Se adormeço de barriga pra cima eu sufoco. Até posso ficar nessa posição, mas acordada, lendo, e nem assim é tão gostoso. Ainda não me arranjei de lado. Me falaram de um travesseiro embaixo da pancinha. Tentei, mas preciso de mais prática. Saudades mesmo da barriga no colchão e cabecinha de lado...
Minhas últimas noites foram tranquilas, sem sobresaltos ou insônias. Cheias de sonhos.
Voltei a trabalhar, depois de dois longos meses de “licença suína”. Me sinto ótima. Nada como desenclausurar, ver gente, trocar idéias, escutar que estou linda (sim, meu ego estava precisando) e ganhar afagos na barriguinha! Cortei meu cabelo e estou satisfeitíssima com o novo look. Repaginei.
Também cheguei à conclusão que vestir roupa de grávida faz toda a diferença, parece que o corpo “encaixa” no modelito. Nada de puxa daqui e dali, nem de blusa levantando aparecendo uma fatia de “pancex”.
A última notícia é que comprei roupinhas (y otras cositas más) e estou fazendo as pazes com o mundo dos laçarotes cor de rosa. Lilás e rosa.... Rosa e lilás... às vezes um amarelo ou branco e até um vermelho. Difícil essa restrição na palheta. Bom que ao menos os modelitos femininos variam ao infinito.

Mais uma noite acordada - de 25 de setembro

Geralmente é assim, levanto-me rumo ao banheiro, louca de vontade de fazer xixi. Volto pra cama pensando na morte da bezerra, escutando a estrada bem longe e imaginando que horas seriam. Esbarro os pezinhos no Du para tranquilizá-lo (estou viva) e relaxo. Maria Eduarda, com tanto espaço após meu xixi, desperta e resolve dançar frevo.
Passam-se alguns minutos e sinto fome. Inadmissível. Nunca fui de fazer banquete de madrugada e sempre cultivei a certeza de ser esse um mau hábito. Com Maria chutando e o estômago roncando, meu pensamento (sempre muito inflamável) pega fogo: roupinha, carrinho, aleitamento, berço, bons exemplos, educação de filhos, educação de alunos, emprego. Lembro-me do último sonho antes de despertar: num quarto com tatame fiz acrobacias incríveis, meio matrix, mesmo com pancinha. Eu mais leve que pena.
Percebo que estou enlouquecida de fome, mando os bons hábitos às favas (pra não dizer pra P.Q.P.) e resolvo banquetear. Quatro e tanto da manhã. Calculo que o xixi aconteceu às três. Amasso banana com aveia e preparo um leite com café. Espicho o olho prum pão doce de côco e penso que seria pegar pesado demais a essa hora. Marco com ele pro café da tarde.
Ligo a tv. Me impressiono (uma vez mais) com os bons programas da madrugada, hoje foi Chagall, no GNT. Venho pra net.
As mais recentes mudanças notadas são que meu umbigo está mais raso, a barriga está mais dura, os mamilos mais escuros, o cabelo mais grosso. Besunto minha barriga duas ou três vezes por dia com cremes e óleo. Agora deu pra dar coceira... na barriga, na perna, no braço...
Os altos e baixos ainda contecem. Semana passada tive uns dias de baixo e umas duas xícaras de lágrimas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Dormindo com um rinoceronte - De 04 de setembro

São 2 e 51 da madrugada. Assisti ao Jô comendo uma banana. Fui ler às 7 da noite e... dormi, acordei à uma. Agora mesmo só penso em figos frescos fatiados com mel por cima.
Em geral tenho tido noites de sono maravilhosas nas últimas semanas. Exceto por alguma agitação em uma madrugada, quando eu dormia placidamente e dedinhos me cutucaram. Virei de lado e voltei a dormir. No segundo cutucão eu disse: “dá pra parar de me acordar?” Passei uns 20 minutos desperta e voltei a dormir, gostosamente. Não tardou e o Eduardo parecia um rinoceronte-canguru se virando na cama... acordei pela terceira vez e soltei o verbo (eu que ando menos paciente): “pare de pular desse jeito que você me acorda!”. Imediatamente caí no sono. Eu estava em transe.
Na manhã seguinte ele veio me dar beijinho na cama antes de ir trabalhar. Sinceramente eu não me lembrava do último xingo da madrugada, recordava apenas dos cutucões (depois forcei minha percepção e creio que outros cutucões aconteceram em noites anteriores). Aproveitei pra dizer que ele estava me incomodando na madrugada, quando ele me revelou: “mas eu te acordo porque você não respira...” Caí na gargalhada. Expliquei que meu nariz anda destrancado e estou dormindo feito anjo e não preciso ser importunada... Se ele quer se certificar que continuo viva basta me abraçar com delicadeza, que darei algum sinal vital. Não precisa pular. Resumindo, depois disso ele está mais disposto ao longo do dia. Fazia quase um mês que ele andava meio zumbi mas eu não sabia que era por noites mal dormidas, em vigilia...
Dia primeiro cumpri 21 semanas de gestação e foi um marco: Maria Eduarda mexeu mesmo. Eduardo pôs a mão e sentiu. Acho que todo mundo já sentiu a pálpebra pulsar, involuntariamente. Pois comecei a sentir algo assim, lá dentro, e de repente algo mais forte, simultaneamente em dois pontos opostos. Não tive dúvidas.
Ontem eu teria obstetra mas depois do furacão ele me ligou que não havia eletricidade e remarcou para amanhã.
Sobre meu estado de alma, me sinto muito mais segura que no início da gestação. Não estou mais aterrorizara, afoita atrás de informação, como se eu pudesse engolir de uma só vez algo que me deixasse em paz. Me sinto tranquila, adorando essa minha pancinha proeminente, em baixa sexual ainda que me sentindo adorável. Hoje entre uma e outra frase do Jô meus pensamentos divagavam (tenho estado assim, menos focada nas coisas), quase numa retrospectiva de toda minha vida... e me veio uma sensação irreprimível de perpetuação. Nada que me ponha em risco. Acho que é pelo mesmo motivo que meu rinoceronte-canguru tem me despertado alerta e, ainda que nada sutil, muito amoroso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Maria Eduarda - De 14 de agosto

Para quem não sabe ainda, aqui na barriguinha mora a Maria Eduarda, agora com 18 semanas. Deve estar pesando uns 200g... pouco mais que uma maçã rechonchuda. Lembro, antes de mais nada, que ela não é meu bebê, mas NOSSO bebê, meu e do Edu...rs
Sábado passado fiz alguma coisa estranha quando estava jogada no sofá e algo saiu do lugar, minha coluna lombar gritou feio. Nervo ciático. Passei uma semana entre gemidos (literalmente). Sentar-me era quase impossível. Em pé ou deitada era menos pior. Um dos dias declarei que não ia esbarrar o corpo na cama e passei o dia em pé arrumando livros e papéis. Ontem antes de ir dormir fiz alguma coisa estranha no sofá e algo entrou no lugar. Hoje sinto apenas um resquício de onde existia a dor, como quando batemos a perna e fica meio roxo. Estou sentada, enfim.
Com essa de estar dolorida, também andei meio irritada e irritável. Fiquei pensando em minha cachorra que até os dois anos de idade foi um doce. Então emprenhou dos 9 cachorrinhos e seu humor começou a modificar. Ficou mais alerta. Não leva desaforos de outras cadelas nem de cães com fungadas suspeitas e mostra os dentes sem o menor pudor. Não me sinto e não sou ranzinza como a Miguelita (acho que ela já é uma senhorinha), mas ando mais “ligada”. Minhas amigas mães dizem que ficamos mais protetoras. Deve ser isso... lembrem-se, aliás, que minha barriga é o centro do universo...
Só sei que nessa semana de passar o dia meio deitada, comecei a sentir mais nitidamente coisas estranhas na barriga. Como são sensações inéditas, deve ser a pimpolha se exercitando. O médico disse que se a esticássemos, teria por volta de 20 cm. Da última vez que a vi, estava encolhida como uma muçulmana, dormindo. Então cutucamos até ela acordar, e ela se espreguiçou. Linda.
Agora quando me deito de barriga para cima tenho uma montanhinha entre os dois ossinhos do quadril. Parei de deitar de barriga para baixo no domingo passado, me senti amassando algo.
Das arrumações da casa, já separei um nicho da estante, o mais baixo, para os livrinhos dela. Já temos alguns. Também penduramos em seu quarto um quadro bordado a lã, com uma linda paisagem, naïf, feito pela vó do Eduardo (podemos ver ali a cordilheira, com neve).

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O bebê existe mesmo - De 09 de julho

Estou com pouco mais de 13 semanas e me sinto barrigudinha. As últimas duas ou três semanas foram de melhora, dia-a-dia.
Tenho acordado me sentindo magnífica. Comparei meu bebê a uma injeção matinal de fluoxetina. O dia nasce lindo com sol ou chuva, tomo meu café da manhã e me sinto bem, sem enjôos, sem tonturas e nem nada que possa abalar meu bem-estar. Almoço e me sinto bem, porém ao longo da tarde vai dando um cansaço. Nas noites (umas 7 horas) estou mais chatinha, meio chorona, querendo me deitar. Ontem dormi às oito. Mas de fato, posso notar a sensação de melhora dia-a-dia. Às vezes tenho insônia. Hoje tive.
Minhas últimas semanas foram também de angústia. Não sabia se devia ou não permanecer com o mesmo médico e decidi experimentar outro. E gostei, falei sobre parto, sobre minhas preferências. Assunto que não pude abordar satisfatoriamente com o outro médico. Fiz uma consulta muito esclarecedora e pude, enfim, numa transvaginal, ver o bebê.
Ver o bebê é mágico. Até então eu não sabia se ele estava lá mesmo, se era um “ovo cego”, se não era gravidez psicológica. Até então sabia que em geral as mães gostam de seus bebês e que eu deveria gostar dele. Mas vê-lo é apaixonante. Bracinhos, barriguinha, cabeção, pernicas. Tudo ali. E um coração batendo e batendo e batendo. Está mesmo dentro de mim?
Depois de dois dias fiz a translucência nucal e tudo vai bem. Por um acaso encontrei com meu pai que nos acompanhou no exame e ficou todo emocionado de escutar o coraçãozinho.
A partir desse momento comecei efetivamente a pensar. Tenho um bebê e serei mãe. Continuo minhas leituras elucidadoras sobre gravidez, partos e recém-nascidos. Ainda que acredite que toda teoria não se compara à prática, tenho adorado.
Fizemos a primeira compra para o bebê. Um sapatinho encantador, laranja e amarelo.
As últimas notícias são que daqui a uma semana saberemos o sexo, que meu sobrinho nasceu há dez dias e que serei tia novamente.

Estado de graça? - De 12 de junho

Quando eu escutava falar em gravidez, pensava num estado de graça: só alegria, satisfação plena, planos, projetos e vontade de comer coisas interessantes. Na minha ignorância acreditava que, principalmente, a mulher engordava, os seios cresciam e podia ocorrer pressão alta e inchaços. Sabia que a mulher fica cansada nos últimos meses.
Amanhã fará um mês que sei que estou grávida. Logo que soube, aproveitei uma semana do estado de graça. Tudo muito colorido, algumas pessoas muito próximas pra quem contei arreganharam seus dentes até a gengiva, em sorrisos francos e palavras de amor. Olhava minha barriga a cada oportunidade pra ver se podia ver alguma coisa. Me senti divina.
Dez dias depois começaram os verdadeiros sintomas. Meus enjoos subiram do nível 2-3 pra outros mais avançados, chegando ao pico. Alguma tontura. Emagreci significativamente. Fiz algumas leituras e verifiquei a instabilidade da gestação do primeiro trimestre, os problemas que podem acontecer, as estatísticas.
No início acordava com enjoo e ele às vezes melhorava ao longo do dia. Agora estou acordando bem e pioro ao longo do dia.
Quando me dá fome, é algo profundo. Uma necessidade a ser satisfeita instantaneamente. Dá uma fome dolorida, terrível, mesclada com enjoo. Então como. Passa a dor da fome e fica só o enjoo.
Não sei como é na casa dos outros, mas na minha cabe a mim o planejamento das refeições. Só de pensar em prepará-las me dá uma “estranheza estomacal”. Não sinto nem o gosto e nem o prazer em minha comida. Ontem fiz almoço e o Du disse que estava ótimo. Comi para cumprir com a nutrição do meu bebê. Eu só sentia o gosto do sal. Nem passei perto dos aromas do alho, da cebola, do pimentão, do tomate e do cheiro verde. Apenas meu arroz estava explêndido (em geral nunca fiz arroz muito bem... estranho isso). Fiz outro dia um feijão preto e não comi. Não consigo nem pensar nele que me embrulho. Dei o restante do saquinho pra minha mãe. Em compensação, comida de outras pessoas me parecem apetitosas, suculentas.
Sobre outros aspectos me sinto sim peituda, com os bicos dos seios mais proeminentes e sem alteração de cor. Minha barriga está levemente mais projetada e dura.
Acordo com mais sede que o normal.
Também estou mais dentro da toca, dentro da minha casa e da casa da minha mãe. Posso passar o dia enfiada embaixo das asas dela. Fazia anos que não me sentia assim. Estou louca pra ver meu pai (ele ainda não me viu grávida consciente da gravidez). Estou assim, com vontade de ficar pertinho dos meus irmãos, pais e marido.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Diálogos

Nós de carro fazendo um retorno na avenida aqui perto de casa:

Du- olha, agora tem balé ali na academia, olha as crianças. (umas pimpolhas de uns 4 anos, todas de roupinha frufru, estavam com a professora bem na porta)
Eu- verdade, se for menina a gente pode trazê-la.
Du- e se for menino e ele quiser, trazemos também.

............................................................

Nós depois de descobrirmos que é uma menina e du organizando umas coisas em meio às duas bolas de rugby:

Du- vou ensiná-la a jogar rugby.
Eu- ensine com delicadeza, nada de hematomas.

...........................................................

Nós na cama, ambos de barriga pra cima, fazendo uma siesta:

Du - por que você diz "meu bebê" e não "nosso bebê"? É meu também.
Eu - sei lá, acho que porque está na minha barriga. Mas a menina é nossa, vou prestar mais atenção para não dizer "meu"...

Ele virou pro outro lado e passou-se uns 15 minutos. Achei que ele tinha cochilado. Ele desvirou e olhou pra mim. Eu de olhos abertos pregados no teto.

Du - pensei que você estava dormindo.
Eu - não, estava pensando. Você pensa no parto todo dia?
Du - não.
Eu - eu penso.
Du - é que o bebê é seu. (e abriu um amplo sorriso provocativo)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Um corpo e mil sensações - de 24 de maio

Nunca me lembrei tanto que tenho um corpo. Tudo eu sinto.
(de fato algumas épocas parece que eu sou só uma alminha caminhando por aí, apenas pensamento transportado)
O dia inteiro tenho sensações, boas e ruins.
As boas eu considero um total bem-estar, apenas com umas pontadinhas na barriga, como uma coliquinha; além dos seios doloridinhos. Geralmente estou assim no fim da tarde e começo da noite, mas não sempre.
As más, considero a maior parte do tempo. Uma sensação constante de embebedamento... tipo 2 taças de vinho, uma sensação de empanturramento depois de comer uma singela maçãzinha. Sinto algo também que tangencia um enjôo, mas não sei classificar... Numa escala de 0 a 10 (sendo 10 o vômito) fico constantemente num 2-3. Apenas para me lembrar que tenho corpo, sistema digestivo.
Andei muito resfriada, mas quando meu nariz destranca eu sinto cheiros... de açúcar, de aluno, de veja, de perfume. Não chega a me incomodar, mas são cheiros fortíssimos.
Não tenho sentido vontades ou repulsa por alimentos, mas nunca uma salada de cenoura com alho esteve tão deliciosa como a desta semana.
Por último enumero meu cansaço. Estou dormindo um pouco depois das galinhas.

Prólogo 2 - A descoberta de 13 de maio

Eu andava me sentindo estranha tendo espinhas e seios que nunca tive. Expressei pro Eduardo minhas desconfianças sobre uma possível gravidez.
No dia 13 de maio saí a noite e cheguei em casa com o teste. Eduardo estava no sofá. Não disse nada a ele, fui ao banheiro. Voltei pra sala com o teste numa mão e o xixi na outra, pois não basta ser pai, tem que participar...
Ele leu a instrução: esperar de 3 a 7 minutos, uma faixinha é negativo; duas faixinhas, gravidez confirmada. Pus a fitinha do teste no xixi . Silêncio. 20 segundos depois vi duas faixinhas.
Eu disse: "Du, deu positivo". Silêncio. "Du, deu positivo".
Ele, de olhos fixos no teste: "Temos que esperar de 3 a 7 minutos".
Eu: "O que você está vendo?"
Ele: "Duas faixinhas".
Eu: "Pois eu também... quer esperar mais o que? Ela desaparecer?"
Foi meio estranho. Bom e esquisito.
Fiquei meio eufórica. Ele ficou calado, com meio sorriso estampado na cara.
Contei na hora pra minha mãe. Ele esperou 24 horas pra contar pra dele, disse que precisava assimilar.

sábado, 5 de setembro de 2009

Prólogo 1 - Dias 05 e 06 de maio de 2009

Descobri minha gravidez em 13 de maio (então com apenas 5 semanas, o que significa de fato umas três semanas desde a fecundação). Porém antes disso, em 05 e 06 de maio, entre várias mensagens para ajustar e dar os acertos finais num artigo que escrevíamos juntas, troquei estas mensagens com Lulis e Tati, minhas amigas tão amadas.

Eu: Meninas, só contando, ontem pela primeira vez me senti com TANTO mal humor e nervosismo ao longo do dia que juraria que alguma coisa estava diferente em mim. Não sei se é a tal TPM que dizem por aí (só tenho cólicas e dores horriveis de cabeça, mas sem alteração de humor) mas eu seria capaz de morder nervosamente qualquer um que cruzasse meio torto meu caminho. Talvez uma ebulição hormonal. Só melhorou porque depois da aula eu deitei por uma hora e fiquei quietinha. Nem dormi, mas parece que alguma coisa "se acalmou" (uma lombriga talvez???? ... meu outro eu?).

Lu: gravidez??

Eu: não que eu saiba...rs

Tati: hum.......
tem ido ao banheiro com que frequênica?
a quantos dias os peitos dóem?
....tem tido um sono mortal?????

Eu: mhhhh... estou com xixis a todo instante... Sono MORTAL senti apenas um dia, semana passada (que nada podia manter meus olhos abertos). Peitos levemente doloridos... como todo mês... Pontadinhas de cólica anunciando a próxima menstruação, esperada para daqui uns 4 dias... Espinhas incomuns no rosto, há duas semanas. Uma nova hoje.

Tati: hummm... no mínimo um estado interessante... para não dizer ´embaraçoso(sada)´... rs

Lu: Fiona, xixi a todo instante não é sinal de gravidez para vc... já q te conheço há cerca de 12 anos, e vc sempre fez xixi a todo instante... mas, cólicas e peitos doloridos e menstruação encruada, sono absurdo e alterações drásticas de humor no mesmo dia... sim, estes são sinais de gravidez... espere uma semana ou 10 dias e depois compre na farmácia o teste ou peça para seu médico um exame de BetaHCG (que é mais de confiança). Sinceramente, estou torcendo para que dê POSITIVO!!! mas vamos aguardar...

Tati: eba!!!!!
será??
os próximos 4 dias serão intensos...rs

Eu: rs.... Meninas! Lu, a diferença dos xixis é que andei "explodindo" de vontade...rs. Só resta esperar..... ai ai...

Tati: humm... hummm...
acho que é bom já ir dando uma olhadinha neste então:
http://www.clubedobebe.com.br/HomePage/nomesdebebes.htm

Lu: Tati toda adiantadinha...

E-mail meu, de 13 de maio, pela manhã:
Ainda não menstruei...ui ui.....