sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um saquinho de açúcar

Nos últimos dois dias comecei a sentir uma sensação “lá” (leia-se vagina). Não posso qualificar de dor. Não dói. É mais como se alguns ossinhos estivessem meio pressionados e empurrados pro lado direito e esquerdo. Minhas amigas nunca grávidas podem estar tentando imaginar... Aos amigos, a abstração.
São 4 da manhã, estou acordada talvez desde as 2. Esta noite perdi a posição na cama... depois minha barriga estava meio dura e senti umas dorzinhas. O problema de nunca ter sentido certas coisas é nunca ter certeza do que se sente... Fiquei pensando se não seria uma dor de barriga ordinária que terminaria no banheiro. Não. A dor passou, a barriga tá molinha, o sono desapareceu, a fome apareceu e estou aqui, degustando um mamão.
Tenho percebido meus esquecimentos. Juro que achava que isso tudo que dizem de mulher grávida ficar mais lerda de raciocínio ou de esquecer coisas era lorota. (Acreditava ser calúnia machista, obvio) Tenho tido amnésias, principalmente sobre assuntos tratados ao telefone e “mais principalmente” se eu estiver com sono. Acho que grávidas tem alguma alteração de consciência...
Meu estado de espírito anda oscilante, ainda (até quando??). Horas excelentes versus crises existenciais, tudo num mesmo dia. Estou, em geral, mais introspectiva. Ah, fiz 30 anos.
Bom, a esta hora Maria Eduarda deve pesar mais que um saquinho de açúcar. Na semana passada eram 991 gramas e 32 centímetros. No último ultra som ela estava com a cabeça pra baixo, com a coluna do lado direito da minha barriga, bundinha pra cima e pés na cabeça. De fazer inveja a qualquer guru indiano!
Minhas leituras e meu tio me recomendaram dormir com o lado esquerdo do corpo na cama. Todos os dias me posiciono assim na maior boa vontade. Quase sempre acordo do lado direito. Volto para a posição número um e recomeço tudo. Já tentei os dois lados da cama, pra ver se tinha influência... Acho que vou destrocar uma vez mais... quem sabe.
Também ando meio calorosa. Mesmo nas noites mais fresquinhas jogo cobertas e lençóis pro lado e fico ao “relento” e sem frio nenhum.

3 comentários:

  1. Dri, querida, eu não sabia que o Diário tinha virado um blog. Sou apaixonada pelo seu texto e, é claro, pelo conteúdo, pelas suas histórias deliciosas. Voltarei sempre.
    Com carinho
    Helena

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  2. Ai, estou adorando, nunca tinha visto ninguém contar essas coisas com a precisão de detalhes, Dri, continue! Queremos mais!
    Beijos na barriguinha!!
    Lu

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  3. primeiro, parabéns pelo aniversário! (também acabei de fazer 30, no dia 6... estranho ter 30, né?)
    menina, vc com certeza vai pagar a língua, todas pagamos! A máxima das mães é aquela do "não cospe pra cima que cai na testa", haha! mas isso é mais uma coisa legal de ter filhos: a gente se abre mais pro mundo, fica mais flexível e menos cheia de convicções...
    Tô te linkando, tá?
    Muita saúde pra pequena!
    beijos

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