segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mais uma noite acordada - de 25 de setembro

Geralmente é assim, levanto-me rumo ao banheiro, louca de vontade de fazer xixi. Volto pra cama pensando na morte da bezerra, escutando a estrada bem longe e imaginando que horas seriam. Esbarro os pezinhos no Du para tranquilizá-lo (estou viva) e relaxo. Maria Eduarda, com tanto espaço após meu xixi, desperta e resolve dançar frevo.
Passam-se alguns minutos e sinto fome. Inadmissível. Nunca fui de fazer banquete de madrugada e sempre cultivei a certeza de ser esse um mau hábito. Com Maria chutando e o estômago roncando, meu pensamento (sempre muito inflamável) pega fogo: roupinha, carrinho, aleitamento, berço, bons exemplos, educação de filhos, educação de alunos, emprego. Lembro-me do último sonho antes de despertar: num quarto com tatame fiz acrobacias incríveis, meio matrix, mesmo com pancinha. Eu mais leve que pena.
Percebo que estou enlouquecida de fome, mando os bons hábitos às favas (pra não dizer pra P.Q.P.) e resolvo banquetear. Quatro e tanto da manhã. Calculo que o xixi aconteceu às três. Amasso banana com aveia e preparo um leite com café. Espicho o olho prum pão doce de côco e penso que seria pegar pesado demais a essa hora. Marco com ele pro café da tarde.
Ligo a tv. Me impressiono (uma vez mais) com os bons programas da madrugada, hoje foi Chagall, no GNT. Venho pra net.
As mais recentes mudanças notadas são que meu umbigo está mais raso, a barriga está mais dura, os mamilos mais escuros, o cabelo mais grosso. Besunto minha barriga duas ou três vezes por dia com cremes e óleo. Agora deu pra dar coceira... na barriga, na perna, no braço...
Os altos e baixos ainda contecem. Semana passada tive uns dias de baixo e umas duas xícaras de lágrimas.

Um comentário:

  1. Ai Drí! Que máximo esse seu texto! Parece que ME VEJO naquelas noites insones de frevo, fome turbilhões de pensamentos! :)

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