São 2 e 51 da madrugada. Assisti ao Jô comendo uma banana. Fui ler às 7 da noite e... dormi, acordei à uma. Agora mesmo só penso em figos frescos fatiados com mel por cima.
Em geral tenho tido noites de sono maravilhosas nas últimas semanas. Exceto por alguma agitação em uma madrugada, quando eu dormia placidamente e dedinhos me cutucaram. Virei de lado e voltei a dormir. No segundo cutucão eu disse: “dá pra parar de me acordar?” Passei uns 20 minutos desperta e voltei a dormir, gostosamente. Não tardou e o Eduardo parecia um rinoceronte-canguru se virando na cama... acordei pela terceira vez e soltei o verbo (eu que ando menos paciente): “pare de pular desse jeito que você me acorda!”. Imediatamente caí no sono. Eu estava em transe.
Na manhã seguinte ele veio me dar beijinho na cama antes de ir trabalhar. Sinceramente eu não me lembrava do último xingo da madrugada, recordava apenas dos cutucões (depois forcei minha percepção e creio que outros cutucões aconteceram em noites anteriores). Aproveitei pra dizer que ele estava me incomodando na madrugada, quando ele me revelou: “mas eu te acordo porque você não respira...” Caí na gargalhada. Expliquei que meu nariz anda destrancado e estou dormindo feito anjo e não preciso ser importunada... Se ele quer se certificar que continuo viva basta me abraçar com delicadeza, que darei algum sinal vital. Não precisa pular. Resumindo, depois disso ele está mais disposto ao longo do dia. Fazia quase um mês que ele andava meio zumbi mas eu não sabia que era por noites mal dormidas, em vigilia...
Dia primeiro cumpri 21 semanas de gestação e foi um marco: Maria Eduarda mexeu mesmo. Eduardo pôs a mão e sentiu. Acho que todo mundo já sentiu a pálpebra pulsar, involuntariamente. Pois comecei a sentir algo assim, lá dentro, e de repente algo mais forte, simultaneamente em dois pontos opostos. Não tive dúvidas.
Ontem eu teria obstetra mas depois do furacão ele me ligou que não havia eletricidade e remarcou para amanhã.
Sobre meu estado de alma, me sinto muito mais segura que no início da gestação. Não estou mais aterrorizara, afoita atrás de informação, como se eu pudesse engolir de uma só vez algo que me deixasse em paz. Me sinto tranquila, adorando essa minha pancinha proeminente, em baixa sexual ainda que me sentindo adorável. Hoje entre uma e outra frase do Jô meus pensamentos divagavam (tenho estado assim, menos focada nas coisas), quase numa retrospectiva de toda minha vida... e me veio uma sensação irreprimível de perpetuação. Nada que me ponha em risco. Acho que é pelo mesmo motivo que meu rinoceronte-canguru tem me despertado alerta e, ainda que nada sutil, muito amoroso.
Em geral tenho tido noites de sono maravilhosas nas últimas semanas. Exceto por alguma agitação em uma madrugada, quando eu dormia placidamente e dedinhos me cutucaram. Virei de lado e voltei a dormir. No segundo cutucão eu disse: “dá pra parar de me acordar?” Passei uns 20 minutos desperta e voltei a dormir, gostosamente. Não tardou e o Eduardo parecia um rinoceronte-canguru se virando na cama... acordei pela terceira vez e soltei o verbo (eu que ando menos paciente): “pare de pular desse jeito que você me acorda!”. Imediatamente caí no sono. Eu estava em transe.
Na manhã seguinte ele veio me dar beijinho na cama antes de ir trabalhar. Sinceramente eu não me lembrava do último xingo da madrugada, recordava apenas dos cutucões (depois forcei minha percepção e creio que outros cutucões aconteceram em noites anteriores). Aproveitei pra dizer que ele estava me incomodando na madrugada, quando ele me revelou: “mas eu te acordo porque você não respira...” Caí na gargalhada. Expliquei que meu nariz anda destrancado e estou dormindo feito anjo e não preciso ser importunada... Se ele quer se certificar que continuo viva basta me abraçar com delicadeza, que darei algum sinal vital. Não precisa pular. Resumindo, depois disso ele está mais disposto ao longo do dia. Fazia quase um mês que ele andava meio zumbi mas eu não sabia que era por noites mal dormidas, em vigilia...
Dia primeiro cumpri 21 semanas de gestação e foi um marco: Maria Eduarda mexeu mesmo. Eduardo pôs a mão e sentiu. Acho que todo mundo já sentiu a pálpebra pulsar, involuntariamente. Pois comecei a sentir algo assim, lá dentro, e de repente algo mais forte, simultaneamente em dois pontos opostos. Não tive dúvidas.
Ontem eu teria obstetra mas depois do furacão ele me ligou que não havia eletricidade e remarcou para amanhã.
Sobre meu estado de alma, me sinto muito mais segura que no início da gestação. Não estou mais aterrorizara, afoita atrás de informação, como se eu pudesse engolir de uma só vez algo que me deixasse em paz. Me sinto tranquila, adorando essa minha pancinha proeminente, em baixa sexual ainda que me sentindo adorável. Hoje entre uma e outra frase do Jô meus pensamentos divagavam (tenho estado assim, menos focada nas coisas), quase numa retrospectiva de toda minha vida... e me veio uma sensação irreprimível de perpetuação. Nada que me ponha em risco. Acho que é pelo mesmo motivo que meu rinoceronte-canguru tem me despertado alerta e, ainda que nada sutil, muito amoroso.
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