tag:blogger.com,1999:blog-84853523803680234992024-03-08T05:05:47.515-03:00O diário da barriguinhaGravidez, vida de mãe e outros causosAdriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-11608865903838726822012-01-14T22:15:00.000-02:002012-01-14T22:15:24.562-02:00Maria e o Sapo<div style="text-align: justify;"> Maria empurrou seu prato de comida quase completo: “não quer”. “Sair.”<br />
Tirei-a de seu cadeirão e sentei-me novamente: “Subir, colo”.<br />
“Filha, a mamãe está comendo um papá. Olha aqui o papá no prato. Quando eu acabar carrego você.”<br />
Conformou-se. Deu as costas e desapareceu. Uns barulhos depois ela reaparece, carregando pela barriga um sapo quase de seu tamanho. Um esforço aqui, outro ali: sentou o sapo no cadeirão. A perna do sapo enroscou, papai ajudou. Seguíamos comendo e observando a cena, um tanto surpreendidos com a desenvoltura nos cuidados do sapo (que fique claro, não é qualquer sapo, é o querido Sapo “Cululu”).<br />
Passou o cinto por uma das pernas do bicho, procurou a outra ponta e atou: o sapo não escaparia assim tão facilmente. Pegou o prato de comida que rejeitara, pôs na frente do sapo. Pegou a colher: pôs na frente do sapo. Pegou a água.<br />
Pensei que ela deixaria tudo ali, a comida, a água e o sapo com sua própria sorte.<br />
Arrastou uma cadeira, sentou-se solenemente frente a frente com o bichinho e pegou um tomate com a colher, levando a sua boca de pelúcia: “Tomate! Mhhhhhh”. “Batata! Mhhhh”. “Papazinho?” “Toma água!”<br />
A cena seguiu-se. Lá pelas tantas pediu um babador.<br />
Fui sentar-me no sofá, ela veio sentar-se do meu lado. Minutos depois fui recolher o prato de comida e ela choramingou. Sentamos novamente no sofá, agora acompanhadas do bicho verde e do prato de comida. Ela comeu tudo, sempre depois de um bocado pro faminto sapo. Ambos escovaram os dentes, brincaram um tantinho e foram dormir, na mesma cama.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-4731800654148988292011-07-14T21:35:00.003-03:002011-07-14T21:40:26.332-03:00Seleção natural de Darwin<div style="text-align: justify;">“Aborto em curso”, escreveu nesta manhã, conclusivo, o médico sobre o papel.<br />
Às duas horas da manhã Maria acordou em pranto inconsolável. Eduardo tentou fazê-la voltar a dormir em seu quarto. Eu tentei fazê-la voltar a dormir em seu quarto. Mamadeira, mais cobertor, menos cobertor. Eduardo tentou de novo. Pranto inconsolável que permaneceu por muito tempo. Mais mamadeira. Nada parecia demovê-la.<br />
Sentia uma cólica leve. Fui ao banheiro e havia sangue vivo, não muito. Avisei o Eduardo. Maria aos berros em minha cama, em soluço sentido. Abracei-a bem juntinho de mim. Beijei-a. Avisei-lhe que tudo estava bem e que ela podia relaxar e dormir. Enquanto minha cólica se intensificava, Maria calou-se e sobraram apenas os soluços e respiração ofegante, estremecendo todo seu corpinho. Por fim adormeceu. <br />
Conciliei o sono depois de quase uma hora. Sonhei que expelia um menininho de uns 10 centímetros. Quase uma réplica de um boneco que ganhei na infância. Estava vivo mas sabia que não sobreviveria. Sofri o primeiro luto nesse momento. <br />
Acordei pouco depois das cinco, travada de dor. Uma dor latejante, constante e intensa que dominava o quadril e as costas. Fui ao banheiro e havia muito sangue. Disse ao Eduardo que precisava ir ao hospital. Maria estava dormindo profundamente. Eu não alarmaria minha mãe a esta hora. Eduardo ficou com Maria e me dirigi ao hospital.<br />
“Colo fechado e muito sangramento”, disse a enfermeira. <br />
“E que significa isso?”, perguntei-lhe.<br />
“Risco de aborto ou aborto retido”. A resposta foi delicada, ainda que direta.<br />
Sofri o segundo luto neste momento.<br />
Faria uma ultrassonografia. Eduardo chegou e senti-me amparada, protegida. Contei-lhe meu sonho.<br />
Aguardei o exame por mais de três horas (o que acho um exagero... ainda que refletindo que sou uma privilegiada, que usufruo de serviço privado de saúde, e compadecendo-me dos que utilizam a rede pública).<br />
A imagem mostrou uma mancha de contorno irregular, talvez o saquinho gestacional.<br />
O médico me acolheu, receitou medicamento. Disse que seria expelido naturalmente em mais poucos dias. Eduardo me abraçou, me acariciou.<br />
Voltei para casa e liguei para minha mãe. Permiti-me chorar enquanto dava-lhe a notícia. Sofri o terceiro luto. E senti-me aliviada e recomposta depois de falar com ela. Que bom ter minha mãe.<br />
Maria chegou da escola toda cheia de alegria. Dormimos durante a tarde. Encaminhei-a para a casa da vovó. Aqui sigo com pequena cólica.<br />
Sempre acreditei que a natureza segue seu curso e assim deve ser. O que senti foi pesar pelo fim de uma vidinha. Teria sido mais doloroso se fosse minha primeira gestação.</div><div style="text-align: justify;">O que ficou foi a certeza da simbiose com minha Maria. A dor também era dela.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-68585195619136593972011-07-10T21:33:00.000-03:002011-07-10T21:33:33.972-03:00Maria e a barriguinha<div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Contei para Maria que aqui na barriguinha, seu primeiro abrigo para prepará-la para a vida, há outro bebê. Ela me olhou, escutou, virou-se e continuou atenta em seus afazeres (no caso, encaixar um triângulo e um quadrado nos devidos orifícios da mesma forma).<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Com o atraso do ciclo fiz um teste de farmácia. Para retificar, fiz outro, meia hora mais tarde. Mas isso não tem nada a ver com saber-me grávida. Dois dias antes do teste olhei-me no espelho do elevador, bem de frente. Foram os olhos que denunciaram. Olhos luminosos. E a pele viçosa. ‘Que belezura! Da última vez que me vi assim, esperava minha Maria!’, pensei. <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Estar grávida pela segunda vez é menos aflitivo, ao menos no que diz respeito às mudanças fisiológicas de mãe-bebê. Quanto às ansiedades do porvir, são outras. Não me pergunto se serei boa mãe, se serei pacienciosa, se saberei acudir suas necessidades. Pergunto-me: Maria se sentirá posta de lado? Como aceitará o bebê? Saberei dosar as atenções sem pender a balança? E meus momentos só com ela, serão de alguma forma preservados? E quando os dois chorarem ao mesmo tempo?... Por aí vai. <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR;">Quanto ao pai, da primeira vez que ficou grávido, teve uma apendicite 15 dias depois da notícia. Desta vez, 15 dias depois, enjoou, vomitou, teve febre. Já está recomposto. Ele, pra poder gestar, gosta de sentir nas vísceras a experiência de ser papai. Quanto a mim, me sinto ótima!<o:p></o:p></span></div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-51371605989417377062011-04-19T22:25:00.000-03:002011-04-19T22:25:03.990-03:00Super Mammy e Maricota adormecida<div style="text-align: justify;">Estou aqui, me remexendo no sofá, pensando em quantas vezes acompanhei as mães em Super Nanny, pondo seus rebentos na cama pela 89ª vez, sob o duro olhar da tia do laçarote no pescoço. Com meu julgamento afiado repetia em minha cabeça: como essa mãe (por que não pai?) deixou a coisa degringolar desse jeito?</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria dormiu feito anjo até os seis meses. Eu seguia uma rotina impecável de colocá-la na cama sonolenta, porém desperta e ela dormia toda a noite, das 8h às 6h. Foi então que minha sogra veio para cá de mala e cuia passar as férias, no quarto colado com a Maria Eduarda. Nestas de <strike>querer (com)provar que sou excelente mãe</strike> não querer incomodar a visita, bastava Maria suspirar que eu estava em cima dela. Pois as férias chegaram ao fim, lá se foi minha sogra com a mala e a cuia e o que restou foi um bebê chorando de hora em hora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nesse ínterim, Maria passou a ficar com meus pais para eu trabalhar e os avós acostumaram-na a adormecer nos braços.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dito e feito. Passei a ter um bebê que só adormece acompanhado e que acorda de hora em hora (que nem a telesena).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até aí ainda não havia perdido o rumo. Foi então que no fim do ano Maricota adoeceu pela primeira vez e abrimos a concessão para ela dormir no “meinho”. Ela sarou e uma semana depois fomos nós, de mala, cuia e filha visitar a sogra. Sem berço, ela continuou dormindo na nossa cama por mais uma semana. Pronto: quase 10 meses dormindo formosa em seu bercinho e bastaram duas semanas de “meinho” pra coisa desandar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde então ela dorme na caminha dela e lá pelas tantas abre um berreiro. Eu, morta de sono, faltando poucas horas para as 6h, apalpo aquele corpinho sentadinho em sua cama e levo-a, no escuro para minha cama. Lá ela fica um tempo num comportamento de minhoca (deve ter a síndrome das pernas inquietas, não é possível...), me apalpa, chupa o dedo, senta, deita, revira, desfere alguns chutes descontrolados.......... e dorme.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois hoje enxuguei o cuspe enorme que caiu sobre minha testa após anos a fio de cusparadas para cima, lembrei-me de Super Nanny com seus óculos e sua coleira-laçarote e pus Maria numa caminha de solteiro na altura do chão. Protegi devidamente as paredes para amortecer os golpes de minhoca e pus a bichinha deitada. Deitei-me com ela. Coloquei-a de volta deitada umas 30 vezes. Saí de lá na pontinha dos pés. Chorou uma vez e Eduardo foi fazer as vezes. Deu um chorinho breve agora mesmo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estou com o propósito de manter-me firme. Veremos se Super Nanny tinha razão.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-63508567169447459852011-04-10T01:53:00.000-03:002011-04-10T01:53:56.518-03:00Maria pintadinha<div style="text-align: justify;">Maricota andou dodói. Sete dias doente, dos quais cinco com febre. Chegou a 39,8ºC.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Começou com uma febre que foi subindo e subindo. Dois dias com Maria no colo ou dormindo ou ambos. Tylenol e banho morno. No terceiro dia, médico. Luzinha na orelha, palito na garganta, coco mole, picada no braço, xixi na bolsinha. Tylenol, banho morno e um bebê molenga. Quarto dia, médico e “diagnóstico" de virose. Quinto dia, picada e xixi no saquinho: sorologia de dengue. Mais luzinha na orelha e palito na garganta. Um bebê apavorado cada vez que via uma maca. Sexto dia, médico, luzinha e palito: muitas pintinhas nas costas e na barriga. Depois no rosto e nos braços, textura de casca de laranja. Febre baixinha e coco mole. Bebê irritadiço, chorão, agarrado na mãe. Cama de mãe a noite toda. Sétimo dia, pintinhas nas coxas e nenhuma febre: sorologia de dengue negativa. Bebê muito irritado. Oitavo dia, sem febre, pintinhas nos tornozelos e batatinhas da perna. Sorrisos, bom humor e várias sonequinhas. Dorme em paz agorinha, pesando 700 gramas a menos que há uma semana.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-83728863855796684762011-01-12T23:13:00.002-02:002011-01-12T23:20:46.222-02:00Berçário<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria Eduarda definitivamente começou na escolinha. Na sexta ficou lá por uma hora e meia, na segunda por duas horas, na terça umas três horas e pouco, assim como hoje. Sexta aconteceram lágrimas minhas. Segunda, lágrimas dela. Terça, lágrimas de ninguém. Hoje, lágrimas dela e um coração apertado meu. Sofreu na hora da soneca. Depois de um berreiro dormiu abraçada na Constança, sua boneca-travesseiro.<br />
Antes de chegar à conclusão de quais mãos cuidariam de minha Maricota, passei por meia dúzia de escolas. Como foi difícil. Segue um resumo da peregrinação.</div><div style="text-align: justify;">Escola A – Berçário ao 9º ano. A semi-selva foi visitada no fim do período letivo. Terreno altamente acidentado. Embora cheio de verde e muitos bichos, tudo muito claustrofóbico. Construíram por todo lado como uma metrópole que cresceu sem planejamento. A direção me recebeu com ar desconfiado, quando eu disse ser professora. Desdobrou-se em mostrar como eram as apostilas de educação infantil e como as crianças ‘preenchem as atividades com a ajuda das tias e aprendem muito com isso’. O berçário é bem improvisado, numa sala com divisórias destas de escritório. Fiquei alerta quando a direção pronunciou mal uma palavra corriqueira e confundiu-se em cálculos para chegar ao preço do cuidado/ensino. O berçário dá a sensação de aperto.</div><div style="text-align: justify;">Escola B – Berçário ao ensino médio. Fui conhecer no fim do ano. Ambiente visualmente limpo. Organizado. Pequeno na medida justa. Arejado. Não gostei do fato de darem comida congelada aos pequenos. O que gostei foi que, embora o berçário em si seja um lugar pequeno, o espaço circundante não... O que convida a passeinhos de carrinho e muitas caminhadinhas quando os pequenos aprendam a andar. O berçário dá a sensação de paz. Preção.</div><div style="text-align: justify;">Escola C – Berçário ao ensino médio. Fui conhecer no meio do ano passado. Enorme, ainda que hermético. Tem certo clima de hospital. Tudo milimetricamente planejado. Alimentação impecável. Porém, com muitas crianças por turminha. Desgostou-me que os jardins, tão enjardinados, só servem para olhar... não pode pisar. Obsessão por limpeza (ou desperdício): pedem três mudas de roupa e 5 fraldas para passar uma manhã. Lista de material gigante. Ficou uma sensação de supérfluo e de distância do meu cotidiano. Preção.</div><div style="text-align: justify;">Escola D – Berçário até três anos. Conheci no meio do semestre passado. Pequena. Uma casa comum adaptada. Quase nada de quintal. Quando entrei, a ampla TV da sala estava sintonizada na Discovery Kids. Perguntei à coordenadora sobre a TV e ela disse que está na programação das atividades diárias assisti-la por uma hora pela manhã mais uma hora à tarde. Entrei numa das salas e haviam 7 cadeirões com sete bebês de um ano e pouco sentados, enfileirados numa parede, enquanto a “tia” recortava papéis. Pareceu-me uma escola sem alma.</div><div style="text-align: justify;">Escola E – Berçário e educação infantil. Visitei duas vezes. Uma com o Eduardo. O prédio fica no meio do terreno, o que possibilita que o sol atinja todos os lados do prédio. Agradável, arejado. Na primeira visita, ao estacionar na porta, um lindo som de violão e algumas vozes de crianças. Era aula de música. Da segunda vez, na sala principal alguns bebês dormiam em bebês conforto enquanto a caixa de som reproduzia baixinho uma música clássica. A casa possui ampla varanda: para fazer sujeira, brincar com tinta... comer melancia, brincar com água. Na hora da refeição a comida é disposta como no dia-a-dia da casa da gente: arroz, feijão, legumes, saladinha, carne. Tudo na altura das crianças. Elas vêem seu prato ser servido. Lugar encantador. Fiz uma proposta sobre o valor da mensalidade. Foi negado. A escola é feliz.</div><div style="text-align: justify;">Escola F - Berçário até um ano e meio. Visitada há uma semana. Vista de fora é mais interessante. A porta que dá acesso ao ‘corpo’ da escola é tão estreita que uma pessoa encorpada certamente entalaria. Uma casa simples, adaptada com o mínimo possível para ser uma escola. Salas minúsculas. O quintal tem chão de piso, como de cozinha (portanto, liso quando molhado). Sobre esse piso, alguns brinquedos de plástico. Apenas alguns metros quadrados de grama, a parte mais legal da escola. </div><div style="text-align: justify;">Escola G – Educação infantil a partir de um ano. Visitei a escola no fim do semestre passado e novamente há uma semana. O terreno é enorme. Da primeira vez achei a casa mal cuidada, bagunçada, visualmente poluída. Fiquei insegura porque a parte física da escola dava a sensação de descaso. Soma-se que fui num dia chuvoso, o que impossibilitou conhecer toda a área externa. Nesta segunda visita, a casa passou por reforma e pintura (ainda em finalização). Tornou-se aconchegante. Tem um ar de casa de vó. Desde a primeira vez gostei da proposta pedagógica. Os valores desenvolvidos são parecidos com os que cultivo. As crianças de várias idades convivem. As professoras são designadas a seus grupos, mas também são responsáveis por todos. O super quintal conta com parreira, jaboticabeira, goiabeira, jambolão, milharal, mandioca, horta, galinhas, coelhos, porquinho da índia. Reciclam, fazem compostagem. Decidi-me por essa escola. É uma escola feliz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Acho que escolher uma escola será sempre difícil. Queremos o mais parecido possível com o que faríamos com nossos filhos se estivéssemos em casa. Queremos que as professoras olhem para nosso bebê com o mesmo amor. Que o acolha da mesma maneira que faríamos. A única coisa que fiquei alerta com a escola foi com a alimentação. Embora tenha passado por longa entrevista sobre os hábitos alimentares da Maria Eduarda, isso não foi imediatamente passado para a responsável por ela. No segundo dia de adaptação tentaram dar a ela leite com achocolatado. Imediatamente fiz uma carta de próprio punho com todos os tin-tins. Tudo resolvido. </div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-7165352738189892962011-01-06T21:48:00.001-02:002011-01-06T21:49:44.942-02:00Fralda-surpresa!<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então abro sua fralda para a troca e, em meio a tudo aquilo, vários papeizinhos azul Royal gravados com minúsculas letrinhas pretas. Não me detive a examinar o texto, a fim de investigar a origem... </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Filhos nos fazem conviver com o cocô de maneira fraternal: fungadas no bumbum do bebê para detectar odores suspeitos; recuperar bolinhas que saem rolando numa ou noutra troca de fraldas e sim, minha gente, pescar a merda com as mãos quando relaxam demais na hora do banho e resolvem se aliviar ali mesmo. Fora o monitoramento constante de assiduidade e textura. A merda é todo um universo do bem-estar do bebê.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">E sobre sentir-se bem, Maria tem seus caprichos. Jamais faz cocô em fralda encharcada de xixi. Costumo ter sempre um pacote de fraldas baratas, pra serem usadas por 15 ou 20 minutos entre as 7 e 8 horas da manhã. Uma por dia. Basta trocar a fralda da madrugada e Maria pensa: “banheiro limpo, aqui vou eu”. </span></div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-48374311451019771662011-01-02T13:11:00.000-02:002011-01-02T13:11:19.347-02:00Foto do ano novo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TSCVCNicOwI/AAAAAAAAGkU/sKiRsq4sjeM/s1600/DSCF2850.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TSCVCNicOwI/AAAAAAAAGkU/sKiRsq4sjeM/s320/DSCF2850.JPG" width="320" /></a></div>Felizes!<br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-22859674148338665852010-12-29T11:58:00.002-02:002010-12-29T15:18:15.005-02:00Maria, meu pingo<div style="text-align: justify;">Às vezes me pergunto como posso amar tanto esse pingo de gente. Na vida pré-Maria, tudo era completo, nunca senti que faltava algo. Mas após sabê-la, lembro-me de como era antes e... como podia ser?<br />
2010 foi um ano surreal. Tantas coisas ao mesmo tempo, tanta intensidade, tanto trabalho, tanto aprendizado, tanta angústia e, sim, felicidade. Foi ano de aprender a fazer tudo o que eu fazia antes, transformando e adaptando, em conjunto com todas as coisas novas. Acho que sou mais <strike>cansada </strike>eficiente agora.<br />
Antes de Maria nascer eu acordava às 6h, tomava meu banho, preparava meu café da manhã e sentava-me para tomá-lo, lendo notícias e e-mails. Escovava meus dentes, passava uma base sob os olhos e um pó na pele. Dava uma ajeitada rápida no cabelo. Saía calmamente às 6:55h rumo à escola.<br />
Em minha vida pós-Maria, depois de uma ou duas acordadas na madrugada (quando sim, penso nos bebês do futuro, dotados de um botão ON-OFF), levanto-me <strike>arrastando-me</strike> às 6:15h, dou uma mamadeira, troco sua fralda, vou pro banho, arrumo suas coisas, arrumo minhas coisas, engulo o café da manhã, espicho o olho pro espelho para ver se não há nada anormal e saio esbaforida com um bebê embaixo do braço, às 7:05h.<br />
Isso pra falar apenas do que aconteceu das 6 às 7 horas.<br />
Minha rotina virou do avesso. Mantenho a atenção aos meus pais, irmãos e sobrinhos. Mando e-mails regulares aos sogros com fotos e notícias da pequena. Porém, a dedicação aos amigos caiu. Faltam horas dentre as 24. É tanta junção de afazeres... Em alguns devaneios me imagino enchendo os pulmões de ar e dando um sopro bem forte no mundo, fazendo com que tudo pare. Nesse mundo em suspenso eu poderia ler um livro e dormir várias horas.<br />
Sou mais feliz do que era antes. Minha compreensão de mundo mudou. Assim como o meu entendimento sobre minha avó e mãe.<br />
Minha vó Lica, que Deus a tenha, não podia me ver que dizia: “Que você arrume um marido bom”. Esse “bom” não estava vinculado a um “bom partido”, no que se refere ao senso comum, financeiro. Mas no sentido de “alguém que acompanhe bem”. Quando estamos abraçadinhas e Maria adormece, me vem este pensamento: E quando eu e Eduardo faltarmos? E em seguida vem: vamos fazer um excelente trabalho agora, a cada dia. Educá-la para ser equilibrada, independente e feliz. E então me vem minha avó em meus pensamentos. E olho para Maria e penso: Que você encontre alguém que a acompanhe bem.<br />
Meu pinguinho bem cuidado é o devir de um pingão, feliz.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-15932712074133551732010-10-06T20:21:00.000-03:002010-10-06T20:21:12.497-03:00Vestido florido e dois dentes<div style="text-align: justify;">Uma preciosidade que engatinha por toda casa atrás do perigo. Cheia de sorrisos, algumas gargalhadinhas, dois dentes em baixo. Uma gengiva mega inchada em cima.</div><div style="text-align: justify;">Voltou a acordar uma ou duas vezes para mamar. Acorda às vezes aos prantos querendo um abraço. </div><div style="text-align: justify;">Aprendeu com os avós a dormir no colo.</div><br />
Linda de dar gosto.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0CWsUZgFI/AAAAAAAAGhA/d7IfG0vXqcw/s1600/DSCF1577.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0CWsUZgFI/AAAAAAAAGhA/d7IfG0vXqcw/s320/DSCF1577.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0DSWlz5zI/AAAAAAAAGhE/JaneAGYMdgk/s1600/DSCF1582.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0DSWlz5zI/AAAAAAAAGhE/JaneAGYMdgk/s320/DSCF1582.JPG" width="240" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0Dnpv1WKI/AAAAAAAAGhI/kwOAdgs-D18/s1600/DSCF1579.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TK0Dnpv1WKI/AAAAAAAAGhI/kwOAdgs-D18/s320/DSCF1579.JPG" width="240" /></a></div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-53963299994618763622010-09-05T20:20:00.000-03:002010-09-05T20:20:20.477-03:00Feliz aos sete meses<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TIQlmJEYOII/AAAAAAAAGg4/X1wPZ4KzIow/s1600/DSCF1507.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ox="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TIQlmJEYOII/AAAAAAAAGg4/X1wPZ4KzIow/s320/DSCF1507.JPG" /></a></div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-65041475140710631162010-08-21T14:51:00.000-03:002010-08-21T14:51:44.735-03:00Dentinhos, noite de chororô e estatísticas de crescimentoHoje fomos à pediatra, depois de uma noite cheia de chororô pelos dentinhos. Quase não dormimos. Passamos longos minutos abraçadinhas e em certo momento ela abocanhou minha bochecha e ficou assim, sem morder e sem largar, aliviando suas gengivinhas. Mamou no peito, coisa que já não vinha fazendo. Estava toda carente. Hoje de manhã não queria mamar de jeito nenhum. Comeu banana.<br />
A pediatra fez o check-up e tudo está ótimo. Maria está com 7 meses completos hoje, 71,5cm, 7,7Kg. Sentando, rolando, tentando engatinhar, gritando.Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-22422061507822657132010-08-20T23:05:00.002-03:002010-08-22T10:48:08.749-03:00Maria com sete meses e boa de garfo<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria Eduarda agora almoça e janta muito bem, com direito a fruta de sobremesa e golinhos de água. Mas tivemos nossos percalços. As primeiras refeições de Maria foram bem. Lá pelo quarto dia começou a fechar a boca e já não queria nada. Demorei três semanas, algum estresse e várias lágrimas dela para eu descobrir que o problema não era o gosto da comida, mas a textura. Até então eu seguia a orientação de apenas amassar com o garfo a sopinha. Depois de berros e berros experimentei a peneira... e foi o paraíso. Boquinha aberta feito passarinho. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje surgiram duas geminhas brancas na gengiva inferior. Minha mãe (minha consultora) aconselhou-me a começar a misturar uns pedacinhos não peneirados em meio à papinha. Fiz isso e hoje Maria jantou como uma princesa, às 19h. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não só a alimentação mudou. Seus padrões de sono também. Ela dormia melhor aos cinco meses que agora, aos quase sete. Antes ela ia para o berço por volta das 19h e despertava depois das 6h. Agora ela dorme e acorda na mesma hora, porém com uma ou duas mamadas aí no meio. Não sei o que acontece, se é falta de calorias por causa do frio... se é sede pelo aquecedor em seu quarto... se são os dentinhos incomodando. Sei que faz um mês não durmo bem e concluí (uma vez mais?) que mães são pessoas cansadas. E que mães que trabalham fora são pessoas excessivamente cansadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria Eduarda aprendeu a sentar e a novidade é jogar brinquedos no chão e olhar aonde caíram. Está muito falante, repetindo inúmeros TATANANADADATETETETETE.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-81302378835179252062010-06-28T21:38:00.001-03:002010-06-28T21:51:43.284-03:00De volta ao trabalho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TClCRNEwSPI/AAAAAAAAGfs/CCW_hdIlj-4/s1600/DSCF1318.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ru="true" src="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TClCRNEwSPI/AAAAAAAAGfs/CCW_hdIlj-4/s320/DSCF1318.JPG" /></a></div><br />
Junho passou tão rápido que mal me dei conta. Voltei ao trabalho e isso faz com que meu tempo livre (livre?) se restrinja a minutos. Há dias mais tranquilos e dias que enlouqueço. Mas entre uns e outros, chega a noite, Maria dorme e eu não duro quase nada mais acordada. A rotina começa um pouco antes das 6h e só termina perto das 9h da noite, depois de eu ajeitar suas coisas do dia seguinte e deixar o almoço pronto. Parece que minhas pilhas se esgotam e não suporto mais os olhos abertos.<br />
<br />
<br />
Maria segue sua rotina impecável de sono. Às 7h da noite começa a esfregar seus olhinhos e a dar uns resmungos. Esse é o sinal de que basta mamar para dormir. Ela não acorda mais a noite, salvo excessões.<br />
<br />
Há duas semanas começou a tomar suco pela manhã e a comer papinha de fruta a tarde. O primeiro suco foi laranja lima e a primeira fruta maçã cozida. Tudo muito bom. Neste fim de semana começamos com o almoço de papinha salgada. Ela começa bem e no terceiro bocado reclama. Então sigo os conselhos da minha mãe: dois bocados de sopinha, um bocado de frutas... mais dois de sopinha e assim até acabar. Hoje a papa foi de mandioquinha, jiló, abóbora e chicória. Ela amou. Faço cara de entusiasmo enquanto dou as colheradas, partindo do pressuposto de que como não conhece nada ela gosta de tudo. Já experimentou banana maçã, pêra (a preferida), mamão, melancia, cenoura, beterraba, batata, abobrinha.<br />
<br />
Ela fez 5 meses. Há 15 dias foi à pediatra e pesava 6,6Kg. Estava com 67,5cm. Ela é comprida, está usando macacão tamanho grande mas mesmo assim alguns ficam “pula brejo”.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TClAZ5MuqMI/AAAAAAAAGfk/heofAoaZTY8/s1600/DSCF1312.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ru="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/TClAZ5MuqMI/AAAAAAAAGfk/heofAoaZTY8/s320/DSCF1312.JPG" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Minha pérola</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-1456171041308127512010-06-02T21:00:00.000-03:002010-06-02T21:00:00.519-03:00Maria Eduarda e a memória de Deus<div style="text-align: justify;">Li que até os 6 meses a memória do bebê serve basicamente para reconhecer pessoas. Pois Maria Eduarda já (re)conhece Deus.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todas as noites, abraçadinhas em nosso ritual pré-sono, enquanto Maria mama, começo: “Papai do céu, obrigada pelo dia que tive hoje...”. Vou vocalizando no lugar dela, como se fosse ela a agradecer “obrigada pela minha mamãe, pelo meu papai e pela felicidade de nossa família...”</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Isso acontece dessa forma desde que ela tinha umas duas semanas de vida, “obrigada pela minha vovó Ira, pelo vovô Cide, pela vovó Ana...” ...vamos até agradecer a pessoa que nos ajuda na limpeza toda semana, culminamos com o Pai nosso. Pedimos por todas as crianças e por uma boa noite de sono.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bom, no princípio ela mamava enquanto eu orava sozinha por ela. Há um mês eu começava sozinha e no meio ela parava de mamar e ficava me observando firmemente. Mas agora ela já reconhece Deus. Enquanto mama, inicio “Papai do céu, obrigada...”. Isso basta para ela deixar de mamar, abrir amplo sorriso olhando-me nos olhos ...e acompanhar-me assim até o final.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-31891269833355983362010-05-29T07:55:00.003-03:002010-05-29T07:56:44.264-03:00Aninhada no pai<div style="text-align: justify;">Maria está lá em nossa cama, aninhada no pai. Todas as manhãs ela vai pra nossa cama depois do resmunguinho habitual. Esta manhã levei-a para lá, ela mamou, ajeitou-se formosa no meu travesseiro e dormiu. Mãe perdeu o lugar.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fiquei me lembrando de quando eu era criança, nos fins de semana na casa dos meus avós, me deitava entre eles todas as manhãs. Então minha vó se levantava para fazer o café da manhã e eu ficava com meu vô Lins, deitadinha. Era uma delícia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em casa também era assim. Sempre que podia me enfiava na cama dos meus pais. Depois minha mãe também ia preparar o café e eu aproveitava mais uns minutos de papai.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-12657765117647484902010-05-27T19:47:00.002-03:002010-05-27T19:47:56.564-03:00Mãe com sono<div style="text-align: justify;">E então é assim: chega a noite, Maria dorme e eu não duro nada acordada depois disso. Não são nem 8 da noite e me sinto detonada. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde que nasceu, Maria já me premiou umas quatro noites com sono ininterrupto. Mas em geral ela ainda mama por volta das 4 horas da manhã e desperta com toda energia por volta das 6. Um pouco antes às vezes. Hoje de manhã acordei desejando firmemente dormir uma noite completinha e acordar quando meu sono acabasse. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas não posso me queixar, Maria Eduarda é boa menina. A impressão que me dá é que a cada mês acontece um upgrade. Aprende coisas novas e se comporta dentro de padrões mais previsíveis. Já conheço como ela dá uns resmungos e passa a mão no rostinho quando quer tirar uma soneca. Então basta dar um abracinho e colocá-la no berço. À noite é pontual como uma inglesa. Dá umas 7 horas e vai acabando suas pilhas. Quando acorda pela manhã não chora, apenas resmunga, chamando. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esta semana ela tomou o reforço da vacina tetra, rotavirus e polio. Uma noite de febre e duas crises de choro. Já me parece bem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Cumpriu 4 meses no dia 21 e há dez dias passou pela pediatra. Estava com 65 cm e pesando 6,160Kg.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-86317174867241983662010-05-21T08:24:00.000-03:002010-05-21T08:24:23.992-03:00Sorrindo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S_Znngc7djI/AAAAAAAAGec/B2JFr1eHSpA/s1600/DSCF1199.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" gu="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S_Znngc7djI/AAAAAAAAGec/B2JFr1eHSpA/s320/DSCF1199.JPG" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Minha pérola!</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-32545855143549351232010-05-09T09:09:00.000-03:002010-05-09T09:09:51.178-03:00Carmem Miranda e bola de Rugby<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S-aj2YTa-PI/AAAAAAAAGT8/BvB4Hu2ADUM/s1600/DSCF1182.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S-aj2YTa-PI/AAAAAAAAGT8/BvB4Hu2ADUM/s320/DSCF1182.JPG" tt="true" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Pequena Carmem Miranda</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S-al5nFDG_I/AAAAAAAAGUE/r-NpKxuk6Oo/s1600/DSCF1196.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S-al5nFDG_I/AAAAAAAAGUE/r-NpKxuk6Oo/s320/DSCF1196.JPG" tt="true" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Com sua primeira bola de Rugby, esporte do pai.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-33792020382690458492010-05-03T09:44:00.002-03:002010-05-03T09:53:31.221-03:00Maria perigosa e rabo de girino<div style="text-align: justify;">Maria ostenta novo look!</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde que nasceu, Maria tem muito e longo cabelo. Passeou com a juba intacta nos dois primeiros meses, mas há uns 20 dias começaram a cair muitos fios. Cairam tanto que na frente mostra entradas como as do Mikey. Na parte de trás, bem no centro, uma faixa horizontal de careca. E logo abaixo, na nuquinha, havia um tucho de cabelo de uns 6 centímetros de comprimento. Um penteado meio Chitãozinho e Xororó nos velhos tempos. Pois ontem resolvemos cortar aquele rabo de girino, pra ficar proporcional à meia careca. O cabelinho da nuca agora tem 2 centímetros. Os novos fios que estão aparecendo são mais claros. Um castanhinho meio louro-vermelho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria está saudável, ativa. Sustenta muito bem seu pescocinho, me dá alguns sustos sobre o trocador e derruba diversas coisas que hoje, definitivamente, foram tiradas de cima dele. Hoje enquanto eu colocava suas roupas ela foi “empurrando-se” com os pezinhos e quando me dei conta sua cabeça estava pra lá da beirada, a ponto de despencar. Ela está perigosa! Não confio mais em deixá-la no meio da minha cama sem supervisão, pois ela vira como um ponteiro de relógio. Sozinha agora apenas no berço ou no chiqueirinho. O bebê conforto está ficando pequeno. Suas pernas pendem pra fora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há 12 dias fomos à pediatra. Media 63,5cm e pesava 5,5kg. No próximo mês começará a comer frutinhas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-28163600535838069112010-04-29T13:33:00.002-03:002010-04-29T13:36:59.564-03:00Maria, vida e visão de mundo<div style="text-align: justify;">Desde que Maria nasceu (na verdade antes) estou mais atenta à vida. Não propiamente a minha vida, mas VIDA, num modo amplo, biológica e espiritualmente falando. E também estou mais humana, com H.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando descobri minha gravidez, passei horas assistindo vídeos da concepção e desenvolvimento fetal. Aquela minusculeza dividindo-se e multiplicando-se me deixou embriagada de vida. Maria estava assim dentro de mim, em transformação milagrosa, um serzinho abrigado e nutrido. Nasceu de corpinho perfeito, alojando sua alminha simpática. A visão daquele bebezinho sensibilizou-me até o último fio de cabelo e sensibiliza-me a cada dia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sempre tive respeito por deficiências, física ou mental. E sempre censurei-me severamente quando algum pensamento menos nobre passava em flash pela minha cabeça. Ainda mantenho o respeito, mas agora que sou mãe tudo mudou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nestes dias há uma propaganda na TV, sobre uma instituição, que mostra crianças nascidas sem braços. São tão sorridentes, tão cheias de vida, tão... crianças... Imediatamente penso: poderia ser minha filha. Já outro dia no supermercado um adolescente com alguma deficiência mental falava sozinho e ria. Pensei: poderia ser meu filho. Me encho de compaixão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Minha visão da infância tornou-se tão sagrada que ver as tantas barbaridades que acontecem contra crianças me angustia o coração. A de hoje foi uma notícia sobre um <a href="http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24074589">aborto induzido na Itália</a> em que o feto nasceu vivo e não prestaram socorro a ele. Seguia vivo 24 horas depois mas sem o auxílio não sobreviveu. Senti tristeza e impotência. Deixaram esvair-se a vidinha daquele corpinho já traumatizado pelo aborto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A maternidade me deixou assim. Cada madrugada de silêncio que estou amamentando me sinto unida a todas as mães. Fico imaginando quantas não estariam na mesma posição naquele mesmo instante. E sinto que Maria está unida a todas as filhas e filhos do seu tamanho. Acho que por isso mesmo me dói tanto ver bebês sofridos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-23907797065139716922010-04-26T13:26:00.000-03:002010-04-26T13:26:02.746-03:00Amamentação, mamadeira e chupetas<div style="text-align: justify;">Estimo que contribuo com uns 20% da alimentação de Maria. O restante é suprido pela Nestlé. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quinta passada fomos à pediatra. Maria está na média de peso para sua idade e acima da média da altura. Então está magra. Então deve mamar mais! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desde que nasceu dou seu complemento com a ajuda de uma sonda e, quando há algumas semanas começamos com a mamadeira, ela a princípio não gostou do bico. Estou acostumando-a desde então a mamar na mamadeira uma ou duas vezes ao dia. Comecei a introduzir a mamadeira já pensando que daqui a 3 semanas ela iniciará no berçário e não haverá outra forma. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje estávamos mamando felizes na mamadeira quando ela abriu o berreiro. Achei que alguma coisa estava doendo, haviam lágrimas. Coloquei no peito e ela seguiu sua mamada satisfeita. Troquei o bico da mamadeira pela sonda e ela tomou a metade do leite que faltava. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O mesmo acontece com a chupeta. Quando ela chupa todos os dedos, a mão inteira, não me importo. Mas quando ela insiste no dedão eu insisto na chupeta... ela fica irritada com a troca e despreza a chupeta. Até comprei um outro modelo, simétrico. Nada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S9W4XWiI0_I/AAAAAAAAGTU/1OxjFr3LUFE/s1600/DSCF0948.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S9W4XWiI0_I/AAAAAAAAGTU/1OxjFr3LUFE/s320/DSCF0948.JPG" tt="true" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois quis saber qual era o lance do dedão e coloquei o meu na minha boca. Delícia. Encaixe perfeito. Por que não inventam uma chupeta em forma de dedão?</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-50941909355858979042010-04-25T20:44:00.000-03:002010-04-25T20:44:17.918-03:00Foto da pequena<div align="center" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S9TRNOlE3DI/AAAAAAAAGTM/mYdcgDaXfQA/s1600/DSCF0953.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/_IfYjSnR9ylo/S9TRNOlE3DI/AAAAAAAAGTM/mYdcgDaXfQA/s320/DSCF0953.JPG" tt="true" /></a></div><div style="text-align: center;">Maria com quase três meses.</div>Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-45511258175631669622010-04-15T21:33:00.001-03:002010-04-15T21:36:13.709-03:00BerçárioDia 21 Maria cumprirá 3 meses. E então, mais um mês e volto ao trabalho. <br />
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No primeiro mês de vida dela, em que eu andava mais morta que viva nas mamadas madrugada adentro, rezei por 6 meses de licença maternidade. Agora que o estado zumbi passou, e que Maria dorme a noite toda, sinto-me bem disposta para voltar ao trabalho. Daí vem o dilema: onde deixar Maria? <br />
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Fomos hoje conhecer o berçário para onde possivelmente ela irá. Gostei. Tudo muito limpo, arejado, calmo. Uma funcionária foi nos mostrando cada espaço e explicando as condutas... até que chegamos ao berçarinho, onde ficam os pimpolhos do tamanho da Maria. Pelo vidro fiquei checando a dedicação, a atenção e mesmo o carinho das cuidadoras. Uma menininha de uns 5 meses estava no trocador, recém banhada, tendo seu body e mijão colocados. A pimpolha parecia bem e familiarizada. Foi tirada do trocador e colocada no colchonete no chão, com outra criança e outra cuidadora. Abriu um sorriso.<br />
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Fiquei imaginando minha Maria ali. MINHA Maria! <br />
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Tentei identificar que sentimento era aquele que me possuía, indomável. Eram ciúmes. Ciúmes de pensar em outra pessoa recebendo seus sorrisos, sentindo suas mãozinhas em torno do pescoço, acudindo seus choramingos, ganhando sua confiança, vendo-a dormir e acordar. Tudo no meu lugar. <br />
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Tenho mais 40 dias para administrar meus sentimentos. Que difícil.Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8485352380368023499.post-22950847777656330182010-04-08T11:07:00.000-03:002010-04-08T11:07:13.082-03:00Viagem com o bebêGostei disto:<br />
<a href="http://video.br.msn.com/watch/video/o-viajante-frugal-sao-francisco-recebe-bebe-frugal/ann35e8r/?plugin=flash">http://video.br.msn.com/watch/video/o-viajante-frugal-sao-francisco-recebe-bebe-frugal/ann35e8r/?plugin=flash</a><br />
Ainda mais de um pai dar conta de todo o recado sozinho!Adriana D.http://www.blogger.com/profile/17970841594162708790noreply@blogger.com0