domingo, 10 de julho de 2011

Maria e a barriguinha

Contei para Maria que aqui na barriguinha, seu primeiro abrigo para prepará-la para a vida, há outro bebê. Ela me olhou, escutou, virou-se e continuou atenta em seus afazeres (no caso, encaixar um triângulo e um quadrado nos devidos orifícios da mesma forma).
Com o atraso do ciclo fiz um teste de farmácia. Para retificar, fiz outro, meia hora mais tarde. Mas isso não tem nada a ver com saber-me grávida. Dois dias antes do teste olhei-me no espelho do elevador, bem de frente. Foram os olhos que denunciaram. Olhos luminosos. E a pele viçosa. ‘Que belezura! Da última vez que me vi assim, esperava minha Maria!’, pensei.
Estar grávida pela segunda vez é menos aflitivo, ao menos no que diz respeito às mudanças fisiológicas de mãe-bebê. Quanto às ansiedades do porvir, são outras. Não me pergunto se serei boa mãe, se serei pacienciosa, se saberei acudir suas necessidades. Pergunto-me: Maria se sentirá posta de lado? Como aceitará o bebê? Saberei dosar as atenções sem pender a balança? E meus momentos só com ela, serão de alguma forma preservados? E quando os dois chorarem ao mesmo tempo?... Por aí vai.
Quanto ao pai, da primeira vez que ficou grávido, teve uma apendicite 15 dias depois da notícia. Desta vez, 15 dias depois, enjoou, vomitou, teve febre. Já está recomposto. Ele, pra poder gestar, gosta de sentir nas vísceras a experiência de ser papai. Quanto a mim, me sinto ótima!

Um comentário:

  1. Parabéns Adriana pelo novo bebê!
    Mais uma para o time das grávidas de 2011!
    Beijos,
    Lu, do Pedro (1a4m) e BB2 (7m)

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